Bioma 2x251h
A mesorregião do Jequitinhonha é formada pelas microrregiões de Almenara, AraçuaÃ, Capelinha, Diamantina e Pedra Azul. A primeira unidade, denominada Alto Jequitinhonha, é composta por 17 municÃpios. Formada ao longo do rio Jequitinhonha, apresenta como limites as Mesorregiões do Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce, Metropolitana de Belo Horizonte, Central Mineira, Norte de Minas e o estado da Bahia. Possui 51 municÃpios, dividida em três unidades espaciais. A primeira unidade, denominada Alto Jequitinhonha, é composta por 17 municÃpios, formada por zonas de extensas chapadas e suas vertentes, possui cobertura vegetal predominantemente constituÃda pelo cerrado e campo cerrado, além de campo rupestre de altitude, sendo caracterizada pela presença da agricultura familiar. à marcante, nesta sub-região, a monocultura de eucalipto que substituiu em grande parte a vegetação nativa. A segunda unidade, denominada Médio Jequitinhonha, constituÃda de 18 municÃpios, apresenta terras baixas ao norte com predomÃnio da vegetação de caatinga, enquanto os municÃpios ao Sul, entre eles CaraÃ, Novo Cruzeiro e Padre ParaÃso apresentam altitudes superiores, encontrando, porém, bastante removida à vegetação da floresta atlântica. Destacam-se ainda pequenas manchas de cerrado e campo cerrado. A estrutura agrária é intermediária, havendo pequenas propriedades, mas, ao mesmo tempo, um número expressivo de grandes propriedades, principalmente no centro e na divisa com a terceira unidade. A terceira unidade, denominada Baixo Jequitinhonha e formada por 16 municÃpios, é marcada por terras baixas na qual a vegetação nativa mata atlântica, foi quase toda substituÃda pelo capim colonião. Encontram-se ainda faixas da vegetação de caatinga nesta unidade. A caracterÃstica principal é a predominância da grande propriedade rural e da criação extensiva de gado bovino.
As condições climáticas da região do Jequitinhonha assumiram função importante para a ocupação da área, na qual os agricultores buscaram instalar-se preferencialmente nas proximidades dos cursos dâágua. Historicamente os municÃpios da região vêm sofrendo os impactos da intervenção humana com técnicas inadequadas de implantação das lavouras e de manejo do gado. Além disso, o monocultivo intensivo de eucalipto no entorno das comunidades, acelerou o processo de degradação do solo, da vegetação nativa e dos recursos hÃdricos na região. As condições insuficientes de produção como a escassez de água, e a má qualidade dos solos favoreceu a saÃda das pessoas para os grandes centros em busca de outras fontes de renda. Aliado a isso, está à ineficiência do poder público em atender as necessidades socioeconômicas destas comunidades. Além do uso intensivo do solo, em função da pouca disponibilidade de áreas para cultivos e de outras práticas inadequadas de manejo dos recursos naturais, percebe-se uma perda significativa do estÃmulo em permanecer nas comunidades, a cidade tem se tornado mais atrativa, sobretudo para os mais jovens. Aspectos culturais de organização, de relacionamento e participação entre os grupos também foram se perdendo ao longo dos anos, o que ressalta a importância de se consolidar a organização dessas comunidades. Diante deste cenário a atividade apÃcola apresenta como um grande potencial na região permitindo aos agricultores trabalharem com produtos adequados as condições ambientais do local e também preservar a biodiversidade remanescente, pois as abelhas desempenham papel importante na polinização das plantas e produção de frutos e sementes.